17 maio 2025, 22:36
Pepê pede desculpa: «Época difícil e muito abaixo das minhas expectativas e do meu potencial»
Brasileiro admite rendimento abaixo do normal e uma má preparação da época
Médio falou ainda da sua paixão pelo basquetebol, afastou comparações com Hulk e Deco, e criticou o racismo no desporto
Em entrevista à FIFA, Pepê abordou as suas expectativas e reflexões sobre o próximo Mundial de Clubes, a realizar-se nos Estados Unidos da América entre 14 de junho e 13 de julho de 2024. As expectativas são elevadas. O médio mostrou-se entusiasmado com a participação do FC Porto na competição, destacando que «as expectativas são as melhores possíveis». Para o jogador, estar entre as 32 melhores equipas do mundo é motivo de orgulho, e o objetivo mantém-se claro: «Ganhar o título.»
17 maio 2025, 22:36
Brasileiro admite rendimento abaixo do normal e uma má preparação da época
O internacional brasileiro reforçou a importância de «pensar passo a passo», reconhecendo a qualidade das equipas adversárias. Destacou o Palmeiras como «uma equipa muito forte que tem conquistado muitos títulos no Brasil», o Inter Miami, que conta com estrelas como Messi e Suárez, e o Al-Ahly, atual campeão africano. «Não há jogos fáceis e todos serão muito complicados. Jogamos no FC Porto, uma das maiores equipas do mundo e todos os torneios que disputamos, disputamos com o objetivo e com o foco de vencer e no Mundial não vai ser diferente», afirmou.
O portista sublinhou o caráter único desta edição do Mundial de Clubes, que reunirá equipas de cinco continentes. «Vai misturar muitas culturas e estilos de jogo, o que é um desafio para nós», disse, acrescentando que espera que o torneio seja um «grande espetáculo para todos.» O jogador destacou a importância de jogar num país com uma grande comunidade sul-americana e também portuguesa e a oportunidade de aproximar o clube dos adeptos que vivem do outro lado do Atlântico. «Poder levar o futebol até lá será algo incrível e emocionante», situou.
18 maio 2025, 14:26
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Sobre a abordagem do FC Porto, Pepê foi claro: «Jogamos com o objetivo e o foco de vencer. No Mundial não será diferente.» Reconheceu as dificuldades, mas garantiu que a equipa estará preparada para dar o seu melhor em cada jogo. Na entrevista, afastou comparações com compatriotas que escreveram história no FC Porto: « Acho que é preciso fazer muita coisa para me poder comparar com o Deco e com o Hulk. Eles têm uma história muito linda aqui e vitoriosa no FC Porto. Tenho de fazer o meu trabalho, tentar melhorar e evoluir sempre para poder também, quem sabe, colocar o meu nome junto ao deles.»
A entrevista também trouxe momentos mais pessoais. Pepê revelou a sua admiração por Stephen Curry [base dos Golden State Warriors], o seu gosto por basquetebol e o desejo de ter jogado ao lado de Ronaldo Fenómeno. «Gosto bastante de basquetebol. Quando estava no Brasil conseguia acompanhar os jogos, mas agora é mais complicado por causa do horário. E o jogador de quem mais gosto é o Stephen Curry. É um homem muito diferenciado, que faz a diferença no jogo e que me inspira bastante», explicou. Sobre Ronaldinho... «Cresci a ver vídeos dele e de ele a conquistar o Mundial em 2002. É uma lenda do futebol brasileiro e tudo o que ele fazia era algo que sempre me inspirava para poder fazer também um dia», empolga-se. Sobre o ambiente no balneário, destacou o companheiro Zaidu como o mais engraçado, cuja energia contagia todos.
Pepê abordou ainda um tema sensível, sublinhando a necessidade de medidas mais fortes para combater o racismo no desporto e na sociedade. «O racismo é algo muito sério e precisa de ser combatido», afirmou, partilhando exemplos de situações vividas por colegas.» «Tive alguns exemplos com o próprio Galeno, uma vez que o atacaram no Instagram dele. É uma situação muito chata. Nós sabemos que o racismo não é correto e sabemos que é algo que não se deve cometer, não se deve fazer. Nós tentamos… Digo isso por causa do Brasil. O Brasil tem muitos casos de racismo. O próprio Vinicius Junior tem sido muito atacado lá em Espanha. E é algo chato e algo que tentamos combater, porque não é bom para o futebol e não é bom para a sociedade», vincou.
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