Com franqueza: quem vai pagar €75M ao FC Porto por Diogo Costa?
'Estádio do Bolhão' é o espaço de opinião semanal do jornalista Pascoal Sousa
Se Diogo Costa for transferido pelos €75 milhões da sua cláusula de rescisão, entrará para o segundo lugar na lista de guarda-redes mais caros da história do futebol mundial, atrás de Kepa, que em 2018 se mudou do Athletic Bilbao para o Chelsea por €80 milhões. Não se vislumbra um clube disposto a pagar tanto por um guarda-redes, apesar de Diogo Costa estar entre os 10 melhores do mundo. Acresce a isto que o n.º 99 tem contrato até 2027, e não é líquido que renove o vínculo, por muito amor que tenha ao FC Porto.
Podem contrapor que o Man. United pagou mais de €51 milhões por Onana, com os resultados que se conhecem, e que o mais barato saiu caro. Contudo, isso não retira o essencial da questão: €75 milhões, nos tempos que correm e com um conjunto de jovens guardiões a aparecer em ligas europeias, é um valor puxado. Dito isto, vender Diogo Costa abaixo da cláusula não é entrar em saldos, mas sim estar alinhado com o mercado.
A esse desafio para Villas-Boas, junta-se outro muito badalado quando foram anunciados os resultados da auditoria forense à SAD: Até 11 de novembro de 2026 (salvo alterações entretanto), Diogo Costa mantém mandatos de exclusividade com a Gestifute, de Jorge Mendes, e a PP Sports, de Pedro Pinho. Estes contratos estipulam uma comissão conjunta de 15% líquidos sobre uma eventual transferência do internacional português. Em termos práticos, tal significa uma redução no lucro potencial para o FC Porto, a menos que seja alcançado um acordo entre as partes para renegociar estes valores.