«Não fui um grande jogador, não estudei, sou apenas o Rui Borges»
Rui Borges (Foto. LUSA/FILIPE AMORIM)

SPORTING BICAMPEÃO «Não fui um grande jogador, não estudei, sou apenas o Rui Borges»

NACIONAL17.05.202520:27

Emoções fortes do treinador leonino após a conquista do campeonato, falando com a 'Sport TV'

— Estava escrito que o Sporting ia ser campeão?

— É indescritível. Lembro-me do que disse quando perdi a Taça da Liga. É muita crença e acreditar. É o culminar de um grande trabalho, um grande grupo, um grande staff. Desde a malta que liga a rega da relva na Academia, à malta da cantina, os seguranças são fantásticos. Este grupo merecia muito, acreditou sempre, mesmo perante tantas dificuldades que puseram muita coisa em causa. Mas o acreditar deste grupo só podia acabar assim.

— Era isto que tinha idealizado quando chegou ao Sporting?

— Desde o primeiro momento em que falei com o presidente. Era o concretizar de um sonho, de um caminho em que, nós, enquanto equipa técnica, chegámos aqui pelo trabalho, pela resiliência e pela competência. Era uma equipa técnica completamente desconhecida, eu não fui um grande jogador, não estudei, sou apenas o Rui Borges, comecei lá atrás, deram-me oportunidades pelo trabalho e chegámos aqui com todo o mérito. É o culminar de um sonho, agora é levantar a cabeça e seguir, porque há mais um troféu para disputar. E é a felicidade deles que, acima de tudo, me deixa feliz.

O meu maior desejo é que os meus pais se sintam orgulhosos do filho

— De Mirandela para o topo do futebol português, isto tudo sabe a quê?  

— Nem sei a que é que sabe... A vida foi-me sempre dizendo que a temos de viver, ser felizes no dia a dia, e foi um bocado isso. Nunca olhámos para nada, para o dinheiro, somos um sortudo neste aspeto, mas olhamos mesmo para a felicidade de fazer o que gostamos. Quero deixar um beijo a toda a minha família, o meu maior desejo é que os meus pais se sintam orgulhosos do filho. E acho que se sentem, devem estar a chorar muito lá em casa. O maior troféu que posso ter é o reconhecimento dos meus, das pessoas de Mirandela, dos que sorriram, sofreram e batalharam connosco. Sou um rapaz que acreditou no sonho e foi trilhando o seu caminho.  

Deixo um abraço ao Ruben Amorim e ao João Pereira.

— Foi difícil trabalhar com o facto de o Sporting ter tido três treinadores? 

— Difícil é sempre. Seja em que aspeto for. As pedras fazem parte do caminho. Deixo um abraço ao Ruben Amorim e ao João Pereira, fazem parte desta vitória, fizeram por isso e são merecedores do reconhecimento. Jamais olharia para esta oportunidade como uma fonte de problemas. Olhei para ela com a maior felicidade do mundo. A maior felicidade que tenho é treinar o Sporting, jamais algum problema que possa ter aparecido ia travar o nosso desejo. Eu digo que é difícil travar quem nasceu para vencer, e não é vencer troféus, é vencer na vida. E isso eu venci, e venço e vou vencendo todos os dias, porque o maior troféu que posso ter é o orgulho dos meus e o reconhecimento de quem gosta de nós.  

— Agora é para atacar a dobradinha, no próximo domingo? 

—  Agora é desfrutar deste título, depois pensamos no jogo da Taça. Todos merecem desfrutar, é aproveitar esta felicidade e esta alegria, que bem merecemos.  

Artigo atualizado às 20.38 horas.

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