Derrota com os gansos foi a segunda na Liga em que os guerreiros desperdiçaram uma situação de vantagem. Tão duro como com os leões, há seis meses
O SC Braga soma 12 derrotas – seis para a Liga, quatro para a UEFA Europa League, uma para a Taça de Portugal e uma para a Taça da Liga – em 53 jogos esta temporada, mas ontem, diante do Casa Pia, o desaire foi extremamente pesado, no sentido em que compromete (bastante) a luta pelo pódio do campeonato.
SC Braga entrou com tudo e chegou cedo à vantagem. Mas o Casa Pia não se abateu e, em época histórica, operou fantástica reviravolta rumo à vitória que obriga bracarenses ao tudo por tudo na receção ao Benfica
Além disso, e por tratar-se da penúltima jornada, a margem de erro era praticamente nula – especialmente depois dos empates frente a Santa Clara e Famalicão (ambos 1-1), nas duas rondas imediatamente anteriores. Nesse sentido, os guerreiros entrarão no derradeiro desafio da época altamente pressionados no que concerne à chegada ao 3.º lugar.
SC Braga falha assalto à terceira posição e insulares garantem, para já, a 6.ª posição. Apesar do domínio minhoto, sempre mais audazes, foram os insulares que até estiveram mais perto da vitória
Carvalhal mudou muito no SC Braga ao intervalo, mas a equipa não foi além do empate e fica à mercê do FC Porto na luta pelo terceiro lugar. Famalicão falhou recorde, mas voltou a dar boas indicações
Olhando ainda ao desaire em Rio Maior, pode dizer-se que o Casa Pia fez de… Sporting. Isto porque foi apenas a segunda vez nesta Liga que os bracarenses permitiram uma reviravolta ao adversário.
A 10 de novembro de 2024, ou seja, exatamente seis meses antes, a formação orientada por Carlos Carvalhal recebia os leões, na 11.ª jornada, e ao intervalo estava com uma vantagem bastante confortável (2-0), fruto do bis de Ricardo Horta. Porém, uma etapa complementar avassaladora da equipa então liderada por Ruben Amorim – técnico que fez na Pedreira a despedida do conjunto verde e branco, rumando depois ao Manchester United – acabou por resultar na revolução no marcador, com tentos apontados por Morita, Hjulmand e Harder (2).
Desta feita, foram os gansos a oferecer uma noite amarga aos guerreiros. Rodrigo Zalazar deu vantagem aos minhotos, mas Fahem Benaissa e Jérémy Livolant sentenciaram o triunfo dos lisboetas e voltaram a dar um soco bastante contundente no estômago dos arsenalistas.
E como se todos estes dados já não bastassem para que o SC Braga não guardasse especiais recordações do Casa Pia, é preciso também acrescentar que os casapianos já tinham vencido na cidade dos arcebispos na primeira volta, exatamente pelo mesmo resultado: 2-1. Pode, pois, dizer-se, que esta época os gansos foram autênticas bestas negras para os guerreiros e tiveram bastante responsabilidade no arsenal de desilusão.
Espírito natalício de António Salvador, que permitiu entradas gratuitas na Pedreira, contagiou equipa sempre pronta a dar prendas ao adversário no relvado. João Pereira mereceu golaço de Nuno Moreira
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