Viktor Gyokeres, avançado sueco de 26 anos do Sporting, segura o troféu alusivo ao título de campeão nacional, o segundo consecutivo e o 25.º da história dos leões
Viktor Gyokeres foi a grande figura da época 2024/2025
Foto: IMAGO

O + valioso da época Gyokeres: cometa nórdico que destrói defesas e insiste em bater recordes

NACIONAL22.05.202510:00

Avançado sueco do Sporting repetiu o triunfo da época passada e sagrou-se o Jogador Mais Valioso da Liga 2024/2025 com a mais alta pontuação em 25 edições do prémio. Pavlidis e Trincão ocupam os restantes lugares do pódio

O vendaval futebolístico que a contratação de Viktor Gyokeres, 26 anos, e de novo O jogador mais valioso de A BOLA da Liga, produziu no futebol português acentuou-se esta temporada, com o sueco a conseguir a mais alta pontuação dos 25 anos deste prémio — 210,5 pontos face aos 197 de Jonas em 2015/16 — acrescentando ainda a mais dilatada vantagem sobre o 2.º classificado (81 pontos). O artilheiro adquirido no verão de 2023 ao Coventry do segundo escalão inglês por 20 milhões de euros igualou ainda o feito até aqui só alcançado por Hulk, também vencedor em épocas sucessivas (2010/11 e 2011/12) e fundamental nesses dois títulos conquistados pelos dragões.

Para lá de melhor marcador da Liga com 39 golos (12 de penálti e dois de livre direto), sendo 36 marcados de pé direito e três com o esquerdo (zero de cabeça…) — marca que nos últimos 51 anos só foi ultrapassada por Mário Jardel em 2001/02 (42) —, a capacidade do sueco de estender jogo qual cometa com demolidoras arrancadas que põem a cabeça em água aos defesas contrários, e muitas vezes terminam em assistências preciosas — recordamos o passe para Trincão fazer o golo na Luz que valeu o bicampeonato — fizeram-no participar na construção de outros 18 (nove assistências) tendo sido assinalados quatro penáltis sobre si. O impressionante registo inclui dois póqueres (E. Amadora e Boavista) e três hat tricks (Farense, V. Guimarães e Moreirense) com os seus golos a valerem dez pontos diretos aos bicampeões nacionais.

O MVP da Liga só falhou uma jornada (20.ª, com o Farense, em Alvalade), foi substituído apenas em dois finais das partidas e suplente utilizado noutras duas num período (janeiro e fevereiro) em que a fadiga física — pode por vezes parecer um robot, mas o homem da máscara é de carne e osso… — lhe retirou algum protagonismo.

O 2.º lugar foi para Pavlidis graças ao forcing final (era 4.º à entrada para a derradeira jornada) e devido a uma 2.ª volta soberba na qual foi o melhor em campo por seis vezes — o grego, único jogador encarnado presente em todas as jornadas, fez quatro golos na 1.ª metade da época e 15 na 2.ª — e, incansável lutador sempre procurando jogo, ainda somou seis assistências, tendo dado oito pontos diretos às águias.

A fechar o pódio ficou Trincão (15.º em 2023/24), cujo penoso final de época em termos físicos lhe fez perder o 2.º lugar que ocupou muitas semanas. Designado seis vezes como o melhor em campo, não falhou qualquer jornada e foi o maior assistente da prova (13), para lá dos nove golos apontados, todos em lances de bola corrida.

Surgem a seguir três benfiquistas: Kokçu (11.º na época passada), o jogador com mais golos através de remates de fora da área (quatro); Akturkoglu, autor de 11 golos e outras tantas assistências e que após a estreia à 5.ª jornada não falhou qualquer partida na Liga; Álvaro Carreras, cuja segunda época na Luz mostrou — infelizmente para o Benfica — credenciais para outros e mais altos voos…

No top-10 encontramos ainda Ricardo Horta, aqui incluído pela quinta vez nas últimas oito edições (!); Francisco Moura, lateral portista e 2.º maior assistente (11), além de três golos de cabeça; a lufada de ar fresco chamada Rodrigo Mora, só 16 vezes titular mas com um final de época impressionante: seis vezes o melhor em campo nas derradeiras nove jornadas, 10 golos, quatro assistências; e Otamendi, que aos 37 anos bateu o seu registo goleador: seis golos, sendo o melhor cabeceador da Liga com cinco. Uma referência final para o gilista Félix Correia (12.º) o mais valioso jogador da Liga fora dos quatro grandes.

Depois de liderar ao longo de 26 jornadas, uma lesão que o impediu de participar em dois jogos (rondas 31 e 32) retirou Diogo Costa do topo dos guarda-redes. Mas a valiosa exibição contra o Nacional (foi o melhor em campo e até deteve um penálti, o seu segundo na prova e o 12.º na carreira) permitiu ao n.º 1 da Seleção Nacional vencer pela primeira vez o setor numa época em que, sem a sua valiosa contribuição, talvez os dragões não fossem terceiros classificados. Trubin (vencedor em 2023/24 e líder na penúltima jornada) e o totalista Gabriel Batista completam o pódio.

Na defesa, Álvaro Carreras, contratado ao Manchester United (estava cedido ao Granada) para substituir Alex Grimaldo (vencedor deste prémio em 2022/23 quando marcou cinco golos, dois de livre direto, uma das suas especialidades) só falhou dois jogos e foi o defesa mais valioso da Liga, setor que liderou desde a jornada 11. O espanhol natural de Ferrol fez três golos (todos em lances de bola corrida) e, integrando-se amiúde nos lances ofensivos, participou diretamente na construção de 11 (com uma assistência). O também lateral canhoto Francisco Moura e o colega Otamendi repartem o pódio.

Tirando partido da saída em janeiro de Nico González para o Manchester City – o médio portista liderou o setor ao longo de 14 jornadas e ausente desde a ronda 19 ainda terminou no 23.º lugar geral! –, Orkun Kokçu atingiu o topo na jornada 23 e foi o médio mais valioso da Liga. Indispensável para Roger Schmidt e Bruno Lage, o turco só falhou um jogo (acumulação de amarelos) e marcou por sete vezes (quatro com remates de fora da área), destacando-se na construção de golos ao participar na criação de 24 (sete assistências). Rodrigo Mora e Alanzinho partilham o pódio.

Pela segunda temporada seguida Viktor Gyokeres foi a figura-mor da Liga, dominando por completo a concorrência, esta época de forma ainda mais acentuada. Lutador, possante e rematador tremendamente eficaz, mesmo com a quebra física tida em janeiro e fevereiro, o sueco foi 12 vezes designado como o melhor em campo. Só falhou uma jornada e para lá dos 39 golos apontados (incluindo três hat tricks e dois póqueres!) conseguiu duas sequências de seis jogos seguidos a faturar e ainda somou nove assistências. Pavlidis (que fez menos 20 golos que o sueco) e Trincão fecham o pódio.

O onze mais valioso da Liga inclui cinco portugueses, com domínio dos rivais da Segunda Circular (cinco águias e três leões) e contempla ainda dois dragões (um dos quais o estreante Rodrigo Mora) e, surpreendentemente ou talvez não, o médio criativo do Moreirense, Alanzinho, a única exceção à hegemonia dos três grandes.

Em relação à época passada apenas três jogadores repetem presença na equipa ideal: Gonçalo Inácio, Kokçu e, obviamente, a figura da prova, Gyokeres.

No onze só com jogadores nacionais, Diogo Costa surge na baliza pela terceira época consecutiva e a dupla de centrais (Gonçalo Inácio e António Silva) é a mesma de 2023/24. No caso do defesa encarnado é o terceiro ano seguido na equipa mais valiosa portuguesa e para o jogador leonino é a terceira vez em quatro anos. Trincão volta a comparecer no ataque, tal como no ano passado, ao lado do bracarense Ricardo Horta, na sua sexta presença nos últimos oito anos!

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