Patrick Sequeira: «Retribuí a confiança que o Casa Pia me deu quando apostou em mim»
Guarda-redes de 26 anos foi titular em 32 das 34 jornadas da Liga, ajudando os gansos numa caminhada muito tranquila no campeonao, que terminou com a equipa no nono lugar. Copyright: Maciej Rogowski /IMAGO
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ENTREVISTA A BOLA Patrick Sequeira: «Retribuí a confiança que o Casa Pia me deu quando apostou em mim»

NACIONAL16.06.202510:10

Guarda-redes liderou 'ranking' de defesas do campeonato: 122. Internacional costa-riquenho estreou-se na Liga e também num primeiro escalão do futebol europeu e aos 26 anos mostra-se preparado para... tudo

Foi na baliza do Casa Pia que se colocou o guarda-redes com mais intervenções em toda a edição 24/25 da Liga e simultaneamente um dos melhores da competição. Patrick Sequeira concluiu a última edição da Liga com 122 defesas bem-sucedidas e foi um dos esteios de um ganso recordista, que terminou a prova na nona posição, e o costa-riquenho justificou a sua condição de titular. O guardião de 26 anos elogiou a estrutura que o recebeu e os seus concorrentes, que lhe permitiram alcançar uma época de estreia muito positiva no futebol português depois de ter sido contratado aos espanhóis do Ibiza.

Que balanço faz do seu primeiro ano em Portugal e à época realizada pelo Casa Pia, face à época que realizou e a posição que arrecadou no campeonato?

- Fiquei muito contente com o trabalho da equipa, pelo Casa Pia, e muito contente com a época que fizemos. Acho que a química que temos entre todos, como trabalham os guarda-redes com toda a equipa também, é muito importante e isso também se vê nos resultados.

O Casa Pia bateu o seu recorde de vitórias em casa e também o de golos marcados enquanto visitado, ficando a ideia de que se sente muito bem em Rio Maior apesar de não ser essa a sua casa original. O que pensa sobre isso e que opinião tem sobre jogar nesse estádio?

- Acho que nos adaptámos ao seu entorno, ao seu ambiente, e focámo-nos no mais importante - jogar bem e tentar sempre conquistar os três pontos, que sempre foi o mais importante, independentemente de onde estivéssemos a jogar.

Com 45 pontos, a equipa bateu o seu registo máximo de pontos numa época na Liga. O que é que lhe diz sobre a equipa? É um indicativo de regularidade da equipa?

- Sim, acho que mostra a capacidade que temos, que demonstrámos em todos os jogos, e a química, como disse antes. Acho que é o mais importante para que tenhamos batido recordes.

O Casa Pia alcançou um lugar na primeira metade da tabela da Liga, tendo também estado muito perto de superar a sua melhor classificação de sempre, tendo terminado a época em nono lugar, mas disputando o sétimo posto na última jornada frente ao Famalicão, acabando por perder. Era um incentivo extra para a derradeira ronda?

- Nós fomos fazendo jogo a jogo e no final tocou-nos defrontar o Famalicão, que nos venceu. Queríamos conseguir os três pontos e o sétimo lugar, eram muito importantes para o grupo.

O que significou particularmente para si terminar tão bem classificado a sua primeira participação num campeonato tão equilibrado como o português?

- Foi muito importante para mim, mas também para todos os jogadores, a equipa técnica, a administração e o clube. Foi muito importante e bom para o clube, que fez um grande esforço a tentar dar o melhor aos jogadores e isso foi uma forma de retribuirmos todo esse trabalho que tiveram connosco.

Antes desse jogo ante o Famalicão, nas últimas conferências de antevisão o mister João disse que todos os jogadores do Casa Pia teriam minutos, mesmo aqueles que ainda nem se haviam estreado. Que importância tiveram o Ricardo Batista e o Dani Azevedo, que nesse jogo se estreou na Liga (o Patrick não jogou? Achou justo? O trabalho deles também contribuiu para o seu desenvolvimento?

- Claro! Na verdade, são dois companheiros top, no trato e em como treinaram dia-a-dia, acho que ajudaram muito a equipa. Sei que é difícil estar sem jogar, mas eles tiveram sempre um comportamento top e creio que tudo isto que conseguimos também, obviamente que é claro que parte é mérito deles.

Liderou um ranking muito particular e sempre motivador para um guarda-redes, que foi o de ter sido o guarda-redes com mais defesas em toda a prova: em 34 jornadas, disputou 32. Protagonizou 122 defesas, uma média muito elevada – é o cenário ideal para o seu trabalho, individualmente?

- Sim, mas acho que o mais importante é sempre ajudar a equipa e sempre que ela precisar de mim, vou lá estar. Para mim, significa que pude ajudar a equipa, dentro do que pude, e estou muito contente com isso, retribuí a confiança que o Casa Pia me deu quando apostou em mim.

Este é um ranking particular, para guarda-redes, e a Liga tem muitos guardiões de muita qualidade que o Patrick conseguiu suplantar na sua primeira época em Portugal: chegou no início da última época e, em simultâneo, estreou-se num primeiro escalão no futebol europeu, pois em Espanha somente atuou em divisões inferiores. Está satisfeito com o nível que atingiu?

- Sim e acho que também faz parte da mentalidade do jogador. Quando vim para cá, sabia que tinha de trabalhar muito, pois havia dois guarda-redes que trabalhavam muito bem. Fiz esse esforço e estou muito contente pelo que consegui.

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