Rodrigo Mora completa hoje 18 anos (FOTO: IMAGO)
Rodrigo Mora,18 anos (FOTO: IMAGO)

«As comparações de Mora com Yamal são inevitáveis»

NACIONAL19.05.202522:35

André Geraldes, ex-diretor desportivo do Sporting, elogiou o jovem de 18 anos do FC Porto e comparou-o com a estrela do Barcelona, falando ainda do momento atual dos dragões

Aos 18 anos, Rodrigo Mora está a fazer a sua temporada de estreia na equipa principal do FC Porto e já soma 10 golos e 4 assistências em 32 jogos, um registo positivo, mas num momento em que o seu clube não está ao melhor nível.

Questionado sobre se a não participação dos dragões na Champions League é um fracasso, André Geraldes, ex-diretor desportivo do Sporting afirmou que sim. «Sim, do ponto de vista desportivo e financeiro, é sempre um fracasso para um clube como o FC Porto não estar na Liga dos Campeões. Mas também pode ser uma oportunidade para repensar e reconstruir sem a pressão imediata. Dito isto, para um clube que é praticamente um regular nesta competição, não se qualificar é um fracasso em todos os sentidos da palavra», começou por dizer, em entrevista ao As.

«O FC Porto tem fragilidades em todos os domínios, mas, na minha opinião, o mais urgente é reforçar a sua estrutura e recuperar a exigência que representa o clube. Quem faz parte do dia a dia do clube tem de perceber o espírito do clube. Episódios como o recente são completamente intoleráveis», atirou, elogiando Mora e comparando-o a... Lamine Yamal.

«Rodrigo Mora é um talento especial. As comparações com Lamine Yamal são inevitáveis, mas cada jogador tem o seu próprio percurso. Gerir um jogador assim significa protegê-lo fora do campo, dar-lhe minutos de qualidade e rodeá-lo de boas referências. Em vez de se precipitar, é preciso ter uma visão a médio e longo prazo. É um ativo muito valioso, com o ADN do FC Porto», explicou, analisando o trabalho de Zubizarreta, diretor desportivo do FC Porto.

«Andoni chegou recentemente ao FC Porto, mas traz consigo uma grande experiência e uma visão moderna da gestão desportiva. Ainda está a conhecer os meandros do clube, mas a sua serenidade e conhecimento contribuirão certamente para uma nova fase. O seu verdadeiro impacto será visível a partir da próxima época. É essencial conhecer bem a realidade do campeonato português, onde os títulos se ganham no planeamento e na capacidade de recrutar», atirou, lembrando as dificuldades no nosso país.

«Em Portugal, devido às restrições orçamentais e à constante saída de talentos, a construção de uma equipa competitiva exige muito trabalho e um planeamento rigoroso. É necessário equilibrar juventude e experiência, garantir estabilidade no banco e ter uma visão clara do mercado. Mas, acima de tudo, é necessário compreender o que significa competir neste contexto nacional», disse, enaltecendo a forte formação.

«Portugal tem uma cultura de formação muito forte, com treinadores altamente qualificados desde os escalões de base. Os clubes apostam nos jovens jogadores, muitas vezes por necessidade, o que abre portas mais cedo. Para além disso, existe um perfil técnico e mental que é muito valorizado internacionalmente. Não tenho dúvidas de que Portugal, em termos de talento e qualidade dos treinadores, está entre os melhores do mundo», finalizou.

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