25 maio 2025, 19:28
VÍDEO: Gyokeres ensina como se marca um penálti no último minuto
Renato Sanches travou o avançado sueco que, chamado a bater, não tremeu
O que pode fazer um treinador contra tantos erros individuais no mesmo lance? Pode começar por escolher melhor os jogadores ou ter mais cuidado com as substituições, por exemplo
O Benfica ofereceu a Taça de Portugal ao Sporting. Assim, com todas as letras. Tinha o troféu ganho, ia passando os minutos junto à linha lateral (embora tenha sido penoso ver Schjelderup a tentar segurar a bola junto à bandeirola de canto durante meio segundo antes de deixá-la fugir), não tinha motivos para correr riscos, parecia ter tudo controlado.
E no entanto... Com este Benfica, nunca se sabe. Sem querer tirar mérito ao Sporting, que lutou, insistiu, não baixou os braços, não foi a primeira vez esta época que as águias deixaram fugir um título na compensação. Porque o campeonato pode ter sido perdido definitivamente no dérbi da Luz, na 33.ª jornada, mas só se chegou aí com o empate a servir ao Sporting porque na receção ao Arouca o Benfica, a vencer por 2-1, sofreu um golo em contra-ataque aos 90+5'...
Então (com Schjelderup a abdicar de defender) como agora, foram dois lances fáceis de anular numa fase inicial em que a equipa do Benfica não o fez. Pior: contribuiu ela própria para aumentar o perigo.
Perder a bola junto à linha lateral, no meio-campo adversário, é aceitável. Não estar a equipa bem estruturada para reagir de imediato à perda e pressionar, impedindo a saída rápida do adversário, é inaceitável. Acabar por deixar que um dos jogadores mais criativos em campo (Trincão) embale é impensável, e não haver ninguém que o trave, recorrendo à falta se preciso for, não passa pela cabeça de ninguém. E depois ver António Silva a tentar corte à queima e Renato Sanches a cometer penálti, aos 90+9', é, para qualquer adepto, para o treinador, para o presidente, de levar as mãos à cabeça.
25 maio 2025, 19:28
Renato Sanches travou o avançado sueco que, chamado a bater, não tremeu
A estratégia que Bruno Lage montou para a final do Jamor resultou. O Benfica dominou, terá feito o melhor dos quatro jogos que disputou esta época contra o Sporting de Rui Borges. E que culpa tem um treinador quando os seus jogadores acumulam erros de principiantes na mesma jogada e entregam o ouro ao bandido na segunda competição seguida?
Tem alguma. Sim, não pode parar a jogada a meio para corrigir posicionamentos, mas como explicar o fetiche com Belotti — e, em certa medida, com Schjelderup, quando Prestianni vai alternando banco com bancada? E o que fez Kokçu para ser arrancado do jogo prematuramente? E o que mostrou Renato Sanches para ser opção à frente de Leandro Barreiro? Não foi Lage que ofereceu a Taça ao Sporting, foram alguns jogadores, mas o treinador ajudou a criar condições que para que isso pudesse acontecer.