Sporting: nunca um campeão teve tantos jogadores da formação
A festa dos campeões de 2024/2025 (MIGUEL NUNES)

Sporting: nunca um campeão teve tantos jogadores da formação

NACIONAL27.05.202512:00

Ruben Amorim, João Pereira e Rui Borges utilizaram, nas 34 jornadas da Liga, nada menos de 15 jogadores da formação. Caiu o recorde do FC Porto de 1995/1996

Ninguém é campeão só com jogadores da formação. Até hoje, em 91 edições do principal campeonato português, nenhuma equipa venceu um campeonato sem jogadores contratados. Seja Benfica, FC Porto, Sporting, Belenenses ou Boavista. Porém, apostar em meninos do Seixal, Olival ou Alcochete dá frutos.

A BOLA foi ver quais os campeões nacionais com mais jogadores vindos das respetivas Academias. Porém, importa, primeiro, definir o que é um jogador vindo da formação. Claro que um como Nani, por exemplo, chegado ao Sporting com 17 anos, é diferente de outro como Podence, que chegou ainda antes dos 9. Porém, para facilitar a análise, consideramos como formado num clube um jogador que que tenha sido utilizado nos escalões de infantis, iniciados, juvenis e juniores nem que tenha sido por apenas um ano. Grosso modo, com menos de 20 anos. Por isso, não incluímos Matheus Nunes como formado no Sporting em 2020/2021, pois chegou aos leões em janeiro de 2019. Com 20 anos.

FC Porto 1995/1996

Continuemos no Sporting com curta passagem pelo FC Porto. Há 29 anos, na época 1995/1996, com o inglês Bobby Robson no comando da equipa, os dragões foram campeões com 14 jogadores que passaram pela formação: Domingos Paciência, Vítor Baía, Carlos Secretário, Jorge Costa, Rui Jorge, Rui Barros, Folha, João Pinto, Bino, Jorge Couto, Vítor Nóvoa, Semedo, Bandeirinha e Jorge Silva.  Foi a última época sem Lei Bosman implementada.

Sporting 2020/2021

Daí para cá, nunca mais um campeão nacional tivera tanto jogador formado nas suas escolas. Em 2020/2021, o Sporting campeão de Rúben Amorim aproximou-se com 12: João Palhinha, Nuno Mendes, João Mário, Tiago Tomás, Gonçalo Inácio, Daniel Bragança, Jovane Cabral, Luís Maximiano, Eduardo Quaresma, André Paulo, Tomás Silva e Dário Essugo.

Agora, quatro anos após o primeiro campeonato ganho com a impressão digital de Ruben Amorim, o Sporting bate o recorde do FC Porto. Os três treinadores de 2024/2025 (Amorim, Pereira e Borges) utilizaram nada menos de 15 jogadores formados em Alcochete: Geovany Quenda, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Daniel BragançaJoão Simões, Ricardo Esgaio, Eduardo Felicíssimo, Alexandre Brito, Mateus Fernandes, Henrique Arreiol, Dario Essugo, José Silva, Mauro CoutoRodrigo Ribeiro e Afonso Moreira. David Moreira, utilizado na final da Taça de Portugal, não tem qualquer minuto na Liga.

Geny Catamo no meio de muitos jogadores formados em Alcochete (MIGUEL NUNES)

Quinze dos 36 campeões nacionais em 2024/2025 foram formados em Alcochete: 42 por cento. Alguns foram utilizados apenas no início da época e transferidos na janela de verão (Rodrigo Ribeiro para o Aves SAD, Mateus Fernandes para o Southampton e Dario Essugo para o Las Palmas), muitos deles seriam chamados como consequência da avalancha de lesões que assolou a equipa leonina em grande parte da época (João Simões, Eduardo Felicíssimo, Henrique Arreiol, José Silva, Mauro Couto e Afonso Moreira), enquanto outros (Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Daniel Bragança, Ricardo Esgaio ou Geovany Quenda) foram fortes alicerces do leão campeão.

O recorde do FC Porto foi igualado a 15 de fevereiro quando Rui Borges colocou Alexandre Brito nos últimos seis minutos frente ao Arouca, no lugar de João Simões; e foi batido a 3 de março quando o treinador do Sporting fez entrar José Silva frente ao Estoril, jogando os últimos 12 minutos na posição de Geovany Quenda.

FC Porto 2011/2012

Neste século apenas uma equipa venceu a liga portuguesa sem ter utilizado jogadores por si formados: o FC Porto em 2011/2012. Vítor Pereira utilizou uma equipa alicerçada em jogadores estrangeiros (Helton, Danilo, Mangala, Álvaro Pereira, Alex Sandro, Otamendi, Lucho González, Cristian Rodriguez, Guarin, James, Fernando, Falcao ou Hulk, entre outros) e nenhum dos poucos portugueses utilizados na Liga (João Moutinho, Varela, Rúben Micael, Beto, Rolando, Sereno ou Emídio Rafael, por exemplo) tinham passado pela formação do FC Porto.

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