OPINIÃO Regresso de Di María à Argentina — maravilhoso amor recíproco

INTERNACIONAL02.06.202509:45

Juan Pablo Méndez, jornalista do Olé, revela o que significa Di María ter voltado ao Rosario Central

Depois de confirmar-se, de forma surpreendente, a incorporação de Ángel Di María no Rosario Central, instalou-se o debate: é este o regresso mais importante da história do futebol argentino? Começaram as comparações. Uma foi o de Maradona ao Boca Juniors, em 1995. Também o de Francescoli ao River Plate, em 1995. Também o de Juan Sebastián Verón ao Estudiantes, em 2006. Ou o de Riquelme ao Boca, em 2007. E o de Tevez à mesma equipa, em 2015.

Juan Pablo Méndez, jornalista argentino do Olé

A este respeito, é importante considerar cada situação no contexto adequado: Boca é uma paixão nacional, enquanto Rosario Central é uma paixão na sua cidade. Ainda que o impacto anímico nos adeptos que sistematicamente enchem o seu estádio, o Gigante de Arroyito, possa elevar-se ao mesmo nível.

Passaram quase 17 anos desde a sua saída do Central e a carreira de el fideo potenciou-se a níveis inesperados quando deixou a equipa. Não foi apenas bicampeão da América e campeão do Mundo. Também jogou sempre em equipas grandes da Europa: Benfica, Real Madrid, Manchester United, Paris Saint-Germain e Juventus. Além disso, é o futebolista argentino por quem mais se investiu em contratações em toda a história, conquistou 26 troféus por clubes, entre os quais uma Liga dos Campeões pelos espanhóis, sempre como jogador determinante.

O amor que Angelito sempre mostrou pelo Rosario, com uma história de inícios complicados (a mãe tinha de levá-lo aos treinos numa bicicleta) também alimentou o sentimento dos adeptos, que agora parecem dispostos a bater o recorde de vendas de camisolas do Rosario Central (esta segunda-feira começa a venda na loja oficial). E é de imaginar algo parecido com a venda de bilhetes quando fideo fizer o seu primeiro jogo.

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Quando antes do arranque da última temporada, no resguardo da sua segurança e da sua família, Angelito decidiu não assinar pelo Rosario Central, apesar de todos os anúncios nos meios de comunicação e a intenção pública do presidente, Gonzalo Belloso, foi um golpe duro para os adeptos. Agora, a alegria é inversamente proporcional.

Os adeptos viram o Rosario Central acabar líder da sua zona no torneio Abertura (na Argentina, por vergonhosa decisão dos dirigentes, jogam 30 equipas na Primeira e num jogo de play-off elimina-se do campeonato qualquer clube). Agora, a ilusão por outro campeonato ganhou força. Talvez exista muito pressão, nesse sentido, sobre Di María, com 37 anos. Embora ele tenha a experiência para processá-la.

O futebol argentino está perante um maravilhoso episódio de amor recíproco.

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