Jesus, Amorim, Conceição, Rui Costa, Sporting, tudo o que disse Bruno Lage antes da final da Taça de Portugal

NACIONAL24.05.202515:02

Treinador do Benfica reconhece a importância da conquista do título mas pede que se julgue o trabalho dele à luz do tempo que lhe faltou, comparando com outros técnicos

— Como correu a semana de preparação e qual a antevisão que faz a este jogo com o Sporting
— A semana de trabalho correu muito bem. Acredito que será um jogo à imagem dos três que fizemos esta época. Espero um jogo equilibrado. Preparámo-lo da melhor maneira para vencer. Sabemos que se trata de uma final, que não é este troféu que salva a época, mas é um título muito importante para nós e que não é fácil de ganhar. Damos muita importância a este título e estamos conscientes do que foi a época desportiva.

— Qual foi a diferença entre Benfica e Sporting para o desfecho do campeonato? Nos últimos três jogos o Benfica não conseguiu vencer o Sporting nos 90 minutos. Porque devem os adeptos devem acreditar que isso poderá mudar na final da Taça? 
— A diferença, e falei disso na semana passada... O Sporting está a viver um bom momento da sua vida. E esse bom momento vem de quatro/cinco anos de trabalho. A base está lá. Acredito que esses quatro anos de trabalho ainda lhes deram essa vantagem no campeonato. E digo ainda porque acredito muito no trabalho que realizámos em nove meses e no que poderemos realizar. O que me deixa confiante no resultado é o que o nosso capitão [Otamendi] esteve a dizer. A forma como preparámos o jogo, como a equipa se mentaliza para este tipo de jogos e depois é mais um título que queremos oferecer, em primeira instância, aos nossos adeptos, a toda a estrutura de futebol e à nossa equipa. Os nossos jogadores merecem, trabalharam muito durante a época, foram nove meses fantásticos. Não me canso de falar do orgulho que tenho em trabalhar com os nossos jogadores e sinto que o trabalho, esforço e dedicação deles nos nove meses sob nosso comando. Seria muito bom terminarmos com a conquista da Taça de Portugal.

Samuel Soares fez toda a competição, estará na baliza? Como estão os lesionados, Aursnes e Amdouni
— Não vou mudar a minha opinião sobre aquilo que é a competição do Samu. Amanhã vai ser titular. Sobre os lesionados, e em particular o Fredrik [Aursnes], ainda temos amanhã para avaliar.

— Na eventualidade de vencer a Taça de Portugal, depois de ter conquistado a Taça da Liga e discutido o campeonato até à última jornada, a época do Benfica tem de ser vista como má época? 
— Conheço muito bem a exigência deste clube. Vou tentar responder com uma questão. Nos últimos 15 anos qual foi o treinador com mais sucesso em Portugal? Jorge Jesus. Seis anos de Benfica, três títulos. Se olharmos para um passado mais recente, nos últimos seis anos, quem temos com grande sucesso? Dois nomes. Ruben [Amorim] e Sérgio [Conceição]. Isso vai ao encontro de quê? Tempo, estabilidade. O que tiveram em comum? O tempo de trabalho. Lanço outro desafio? Algum deles sobrevivia ao seu pior registo, nos respetivos clubes, no Benfica? A resposta está na história do nosso clube nos últimos 50 anos. Independentemente do que possa achar do trabalho que realizámos em nove meses, entendemos perfeitamente a importância do campeonato para o Benfica, a exigência do nosso clube. E sentimos que amanhã vamos discutir um troféu muito bonito que o Benfica não vence há muito tempo. Estamos determinados em vencê-lo para oferecer essa conquista aos adeptos. 

— Rui Costa disse que não vencer o campeonato foi um falhanço. O que falhou no campeonato que não pode falhar amanhã? Em caso de derrota também classifica esta época como um falhanço? 
— Faremos amanhã o balanço. Sabemos qual é a nossa responsabilidade. Não quero estar a repetir respostas. O mais importante é olharmos para o trabalho que foi feito. Fizemos o balanço sobre o campeonato, amanhã faremos o balanço da época. Mais importante é sentir a equipa determinada, com ambiente positivo. Temos todos muita experiência do que é o futebol, jogar finais, estamos tranquilos, confiantes de que faremos um grande jogo. Queremos vencer o jogo para oferecer o título, primeiro, aos adeptos, que nos têm apoiado desde o primeiro minuto e, depois, a todos nós pelo trabalho que temos vindo a fazer.

— Na época passada, mais ou menos por esta altura, Rui Costa segurou Roger Schmidt. Está na mesma posição que Schmidt. Falou de tempo. Os adeptos do Benfica não dão tempo ao treinador e à Direção? Corre o mesmo risco de Schmidt? 
— Sei muito bem o que se passou o ano passado e o que se tem passado nos últimos anos. Ouvi com agrado as palavras do presidente depois do jogo com o SC Braga. Com serenidade necessária para o momento. Reforço o que disse nesse momento. Jamais vou conseguir retribuir o que o Benfica já me deu. No meu regresso, vim para ser a solução e não um problema. Sei da importância da conquista do campeonato, mas o mais importante, neste momento, é o jogo de amanhã. Temos uma final para disputar, é sobre isso que quero falar, é um título que o Benfica não vence há muito tempo e sentimos que poderemos vencê-lo. 

— O que pode fazer de diferente para ganhar a Taça
— O equilíbrio foi nota dominante dos últimos dérbis. Nos dois últimos jogos tivemos sempre bons momentos, várias oportunidades para marcar mais de um golo. Temos de olhar para o que fizemos e continuar a fazer. Neste momento já não há muitos segredos entre as equipas. Há questões estratégicas, individuais e motivacionais que podem fazer a diferença. O mais importante é sentirmos onde podemos fazer a diferença. Em todos os pormenores preparámos bem o jogo. Agora, é dar muita confiança aos jogadores, mentalizá-los que vamos jogar uma final e temos um troféu para conquistar.

— Depois de perder o campeonato o Benfica entra mais pressionado para vencer a Taça
— Já disse cinco ou seis vezes qual é a exigência do Benfica, dei-lhe três ou quatro exemplos de como a exigência noutros clubes é diferente. Claro que sim. A nossa exigência é a todo o momento. A cada três dias temos de oferecer resultados, títulos. A nossa exigência é sempre máxima independentemente do momento. 

Otamendi falou da questão do tempo útil de jogo. Preocupa-o? Falou com isso sobre os jogadores? Jogo amanhã à tarde exigiu esforço de adaptação? 
— Trabalhámos a semana toda à hora do jogo, para nos adaptarmos ao calor, posição do sol, vento. Vai sentir-se mais o vento no Jamor que noutros estádios. Cuidámos de todos os detalhes e preparámos o jogo da melhor maneira.

O treinador do Benfica fez, no final, questão de partilhar a seguinte mensagem: 
— Gostaria de reforçar o espírito de fair play. É a primeira vez que estarei no Jamor ver [risos] uma final da Taça de Portugal, por isso seria muito interessante que o jogo fosse correto dentro e fora do campo, que fosse um dia para as famílias e de festa. Fica a nossa promessa aos adeptos que tudo faremos para lhes oferecer o título. 

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