Dolores Silva e Francisco Neto em antevisão ao duelo frente à Bélgica
Dolores Silva e Francisco Neto em antevisão ao duelo frente à Bélgica (FPF)

Francisco Neto: «Faremos tudo para voltar a fazer história no futebol europeu»

FUTEBOL FEMININO02.06.202517:10

Selecionador Nacional lamentou o desaire em Inglaterra, por 6-0, mas aponta já à vitória na receção à Bélgica na luta pelo terceiro lugar da Liga das Nações

Apesar da goleada sofrida em Inglaterra, por 0-6, Portugal precisa de apenas um empate na receção à Bélgica para garantir o terceiro lugar da fase de grupos da Liga das Nações, mas Francisco Neto aponta à vitória e fez uma pequena análise daquilo que vai ser o jogo tático, semelhante ao em solo belga (1-0).

«Os nossos últimos jogos têm sido muito equilibrados, nos pormenores. É uma equipa que vem vindo a crescer, a aperfeiçoar os seus processos, nitidamente que é uma equipa diferente daquela que encontrámos em fevereiro, mas é uma equipa que defende muito bem, que procura ter as suas linhas muito compactas, variando em situações de pontapé de baliza, pressão alta. Muito fortes e agressivas na sua transição, os contra-ataques envolvem muitas jogadoras e depois as bolas paradas, temos de tentar procurar ser muito equilibrados no nosso jogo. Ter um jogo posicional que nos permita ao mesmo tempo criar muitos desequilíbrios quando tivermos bola, mas estarmos equilibrados para o momento de perda, porque é aí que a Bélgica tem ferido problemas aos seus adversários», começou por dizer, em conferência de imprensa, garantindo que não vão jogar para o ponto.

«Não, esta equipa joga sempre para ganhar. Procuramos isso, às vezes não somos competentes o suficiente para conseguirmos os resultados que queremos, mas a nossa mentalidade e aquilo que temos vindo a trabalhar muito, e aquilo que é o desejo das nossas jogadores, tal como disse aqui a nossa capitã, o nosso pensamento é nos três pontos, mas claro que também sabemos na parte final do jogo, que podemos jogar com dois resultados, mas isso só será sempre depois dos 90 minutos, quando a árbitra levantar o tempo extra, em que podemos jogar aí um bocadinho com isso. Até lá o pensamento é sempre o mesmo e é a busca pelos três pontos», explicou, desvalorizando algumas ausências no plantel.

«Ainda estamos, ainda estivemos nesse jogo o caso da Ana Seiça, estamos ainda com algumas condicionantes, vamos ter de esperar sempre até à hora do jogo para perceber a capacidade de todas. Queremos muito contar com todas, estamos a trabalhar fortemente, todo o staff, para ter todas as jogadoras disponíveis, mas só mais em cima da hora de jogo é que vamos saber. Nós e os treinadores queremos sempre contar com todas as jogadoras. Quanto mais, mais felizes somos. No entanto, quando são coisas que nos ultrapassam enquanto equipa técnica, são lesões que temos sempre muita pena, acima de tudo porque é a profissão delas e é sempre trise não poderem fazer aquilo que mais gostam. Nós sempre confiamos na jogadora protuguesa, no grupo que temos, nunca foi desculpa a ausência de alguma jogadora em particular. Estamos cá para encontrar soluções, no sentido em que contamos muito e acreditamos muito nas jogadoras que cá temos, e o nosso trabalho é potenciar ao máximo as jogadoras que estão connosco para que elas amanhã consigam dar uma boa resposta», afirmou, não revelando titulares, apesar de Telma Encarnação e Fátima Pinto, madeirenses, jogarem em casa.

«Isso temos de esperar, temos mais um treino, têm de contar o seu trabalho e se o jogo... porque felizmente temos um grupo equilibrado, um grupo em que cada uma delas nos aportam coisas diferentes e, por isso, em função da estratégia para amanhã e em função do trabalho e do desempenho que as jogadoras têm vindo a realizar, terão mais ou menos minutos, ou poderão ter ou não minutos», disse, lamentando o desaire com as inglesas na última jornada.

«Isso tem sempre impacto. É impossível não negar, não gostamos desse tipo de resultados, felizmente trabalhamos muito para que eles não aconteçam e não têm acontecido muito nos últimos anos, fruto da nossa competência. Sabemos que não é a nossa identidade, mas também sabemos o que temos de fazer para melhorar, sabemos que é preciso tempo, sabemos o porquê das coisas, e estamos a trabalhar para dar o passo em frente e fazer crescer a equipa. Agora, mal era se os jogadores profissionais que defendem o seu país e a sua equipa técnica não sentissem as derrotas como nós sentimos. Porque gostamos muito, temos muito brio naquilo que fazemos, trabalhamos arduamente todos os dias para dar uma resposta melhor, não o conseguimos fazer, é verdade, mas também já conseguimos dar respostas muito positivas contra as melhoras equipas do mundo. Prova disso foi o empate que tivemos em Inglaterra, os jogos com os EUA, todas as nossas qualificações, por isso não eramos os melhores quando ganhámos, não somos os piores quando perdemos», atirou, enaltecendo a importância em manter na Liga A.

«Queremos manter, é a proposta que temos já há algum tempo, nunca nenhuma equipa do pote 4 conseguiu ficar. Estamos em boas condições para sermos a primeira equipa a concretizá-los, tudo iremos fazer para que isso aconteça, sabendo que temos um adversário que nunca foi despromovido na Liga A. Por isso amanhã vamos fazer de tudo para voltar a fazer história no futebol europeu e seria sempre passar por garantir o acesso ao play-off e depois em agosto lutar pela permanência», finalizou.

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