Pedro Caixinha fala com Neymar durante um treino do Santos
Pedro Caixinha com Neymar (foto: Santos FC)

Caixinha partilha episódio em que questionou o génio de Neymar

INTERNACIONAL27.05.202516:22

Numa conferência sobre inovação no futebol, o ex-treinador do Santos defendeu que o talento tem de fazer sempre parte da evolução

O tema da tertúlia era «Inovação, dados e futebol». E entre estratégia, análise estatística e outros temas que ajudam muito as equipas técnicas do futebol na atualidade, Pedro Caixinha puxou por aquilo que mais tem ajudado a fazer evoluir o desporto: o talento.

O facto de ter passado os últimos anos a trabalhar no Brasil – um dos maiores produtores de talento puro do mundo – dá ao treinador de 54 anos bastante crédito para falar. E ter trabalhado com Neymar, ainda que condicionado por problemas físicos, vale-lhe quase um doutoramento no tema.

Num painel da 3.ª Conferência Bola Branca, promovido pela Rádio Renascença, que partilhou com Vítor Matos (ex-adjunto de Klopp) e João Carlos Costa (adjunto de Sérgio Conceição no Milan), e no qual o talento individual foi bastante enaltecido, Caixinha partilhou um episódio que viveu com Neymar no Santos e que resume a importância dos jogadores como ponto central na evolução do futebol.

Pedro Caixinha na 3.ª Conferência Bola Branca, promovido pela Rádio Renascença
Pedro Caixinha participou na 3.ª Conferência Bola Branca, promovido pela Rádio Renascença ( Lara Castro/RR)

«Numa das tentativas de regresso do Neymar da lesão que teve, num jogo-treino que fizemos, houve um livre direto no limite da área. A barreira estava muito próxima, tinha aquele jogador deitado por trás, por isso ele fez uma paradinha na cobrança do livre. Ameaçou que ia bater, a barreira saltou, ele calculou o timing da descida da barreira e colocou a bola por cima», relatou.

O técnico explicou que ao vê-lo fazer aquilo o questionou, de forma a perceber o que tinha estado por detrás de tal tomada de decisão.

«Perguntei-lhe se ele já tinha feito aquilo antes e ele disse que não. ‘Então por que fizeste? Explica-me para eu perceber qual foi a tua intuição’. E ele respondeu: ‘Porque sim!. A barreira estava muito perto, eu sabia que iam saltar e que por baixo a bola não passava. Nunca tinha feito, mas já vi que resulta’», concluiu o treinador, resumindo: «O jogador tem de estar sempre no centro da inovação.»

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