Benfica vence FC Porto e sagra-se tricampeão de juvenis

Águias e dragões protagonizaram duelo de alto nível, marcado pela emoção e nota artística dos intervenientes. Tomás Soares construiu a reviravolta com um golo e uma assistência

Que jogo, miúdos! O Benfica saiu vencedor de um Clássico sensacional diante do FC Porto (2-1) e sagrou-se tricampeão de juvenis. Após um festival de desperdício, as águias até começaram a perder, mas Tomás Soares embalou a turma de Pedro Faria para o 22.º campeonato dos encarnados na categoria sub-17.

Um duelo que contava com 14 atletas que se sagraram campeões europeus por Portugal há duas semanas só podia ser alucinante e bem disputado. Ainda assim, durante os primeiros 43 minutos as duas equpas pecaram na finalização. Aos 18', nem Tomás Soares, nem Gil Neves conseguiram ultrapassar um super Francisco Barroso que encheu a baliza azul e branca e manteve o empate.

O FC Porto aprendeu com o susto, mas não com a ineficácia do rival. Com tudo para silenciar o Benfica Campus, o capitão Bernardo Lima falhou de forma impressionante. As águias responderam com duas chances em apenas um minuto, mas as tentativas de Isaac Ferreira e Tomás Soares saíram descalibradas.

Quando já se pensava que o intervalo seria pintado com um nulo, Marco Silva gelou o Benfica Campus com um grande cabeceamento ao segundo poste na sequência de um pontapé de canto, aos 44'. O título de juvenis começava a ganhar tons azuis e brancos, quando, dois minutos depois, Tomás Soares despejou um balde de tinta encarnada com o pé direito. O avançado de 17 anos desferiu um remate potentíssimo à entrada da área para empatar o clássico e devolver o Benfica à liderança do campeonato.

Na segunda parte as águias entraram com a corda toda e só não consumaram a reviravolta aos 47' porque o remate cruzado de Anísio Cabral beijou o poste da baliza defendida por Francisco Barroso. O guardião azul e branco venceu todos os duelos que travou com o avançado de 17 anos, mas Tomás Soares foi o calcanhar de Aquiles.

Aos 54', Barroso até defendeu o livre direto marcado pelo criativo encarnado, mas abriu a porta do golo a José Neto, que marcou na recarga. O FC Porto até tentou reagir rapidamente, mas um corte de Mauro Furtado em cima da linha embalou as águias para uma última meia hora de jogo dominante, marcada pela ineficácia.

Se na área azul e branca, Francisco Barroso segurou a desvantagem pela margem mínima, na área encarnada Jamanca, na pequena área, perdeu uma oportunidade de ouro para empatar aos 75' e devolver os dragões à luta.

As águias mantiveram a compostura e fizeram história: o Benfica conquistou os títulos de juniores, juvenis e iniciados na mesma época pela primeira vez.