Benfica sem margem de erro no Jamor

NACIONAL19.05.202509:00

Depois do adeus ao título de campeão, final da Taça de Portugal encerra importância ainda maior para Bruno Lage, Rui Costa e jogadores

Encerrou a janela do campeonato, abre-se a porta da Taça de Portugal, que para o Benfica poderá significar bem mais do que a conquista de um novo troféu para o museu do clube.

Os adeptos benfiquistas aceitaram, de uma forma geral, com resignação e conformismo o adeus ao título de campeão, que viajou para Alvalade, em direção ao museu do Sporting. O plantel encarnado encontrou inclusivamente algum apoio, tímido, mas apoio, no regresso ao Estádio da Luz, na noite de sábado, mas a final da Taça de Portugal, no Estádio Nacional, do próximo domingo, tem diferentes contornos e pode motivar diferentes sensações. Boas e más.

O Benfica, em primeiro lugar, terá de lidar com a dificuldade que é defrontar o Sporting: derrota na Liga em Alvalade (0-1), empate (1-1) na Taça da Liga, em Leiria, com vantagem nos penáltis, empate (1-1) no Estádio da Luz, para o campeonato, o resultado que acabou por dar luz ao nome do vencedor da Liga. Bruno Lage ainda não conseguiu derrotar o Sporting de Rui Borges.

Por outro lado, haverá a pressão sobre treinador e presidente que chega do exterior, dos adeptos e dos associados, a pressão das eleições. Rui Costa, presidente do Benfica, avançou em Braga que Bruno Lage será o treinador da equipa benfiquista na próxima temporada, o que poderia ter retirado pressão.

Se Lage vencer a Taça de Portugal, então poderá entrar com alguma tranquilidade no espaço que se abre até ao Mundial de Clubes. Por outro lado, se as coisas não correrem bem para os encarnados no Jamor, então a posição do técnico poderá enfraquecer aos olhos dos adeptos.

E Bruno lage desejará, mais do que ninguém, iniciar o período de preparação para o Mundial de Clubes e a próxima temporada sem a necessidade de carregar qualquer peso suplementar de uma época 2024/2025 verdadeiramente difícil a nível nacional, que rendeu, até ao dia de hoje, somente a Taça da Liga.

Para Rui Costa, refira-se ainda, talvez a conquista do troféu no próximo domingo seja mais importante do que para qualquer outra pessoa dentro do Benfica. O presidente está sob pressão, sob escrutínio de muitos adeptos e no centro da mira da oposição, mas mesmo aqueles que estão do seu lado terão certamente dificuldade em encaixar mais um desgosto perante o histórico rival.

As eleições de outubro estão já na cabeça de todos e o presidente das águias, que anteontem anunciou ainda não ter decidido se se recandidata, precisa de boas notícias para reforçar a sua popularidade. E a Taça vai ter peso, pode acalmar ou agravar a situação.

Os jogadores do Benfica não estão à margem da importância do duelo do Jamor para o futuro próximo dos encarnados. E também lidarão, pois, com uma taça de alta pressão. Não estão isentos de responsabilidades em relação ao desfecho da luta pelo título, as críticas chovem em todas as direções e são poucos os futebolistas totalmente isentados pelos adeptos.

Relevante, igualmente, é o significado deste troféu para um nome tão grande do presente do Benfica como Di María. Já anunciou que não volta a vestir a camisola do Benfica no campeonato, pelo que o Jamor será o último relvado nacional que o argentino campeão do Mundo pisará de águia ao peito. Tem significado para ele, para o clube, para os adeptos e o 11 desejará mais do que ninguém erguer qualquer coisa no momento da despedida. A presença no Mundial de Clubes não está para já em causa, mas não será a mesma coisa. É nos EUA, longe de casa.

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